domingo, 11 de dezembro de 2011

Carta a Noel

                                                                                                        Salvador, 11 de dezembro de 2011

Querido Papai Noel,

Há quem diga que o senhor não exista. Eu não consigo acreditar nisso. Até porque, no meu imaginário, sem a sua presença, o Natal não teria tanta graça.
Eu sinto sua presença anualmente, seja no Grupo Espírita Scheilla na festa de fim de ano, seja na ceia da minha família na noite do Natal, seja no Amigo Secreto do trabalho, ou ainda, no encontro familiar anual com minha melhor amiga.
Sim, o senhor existe e o melhor: se multiplica entre as pessoas de bem. É muito trabalho para um único bom velhinho. Se nós, seus companheiros de Jingle Bell, não fossemos tocados pela sua energia como conseguiríamos espalhar esse espírito natalino todo ano para tanta gente? No trabalho, na família, no condomínio?
Eu sei que pode parecer ironia, hipocrisia ou pieguice o fato de, muitas vezes, passarmos o ano discutindo, discordado, se aborrecendo e no final do ano nos abraçarmos e nos confratenizarmos. Mas, ainda bem que é assim, não é mesmo? Já pensou se fechássemos o ano sem trocar um pouco de energia positiva e espalhá-la entre os nossos e os próximos?
Ainda bem que o Natal e toda sua simbologia existem e que podemos uma vez no ano, ao menos, abraçar um colega, presentear quem toma conta da nossa casa, fazer caridade a quem precisa, reunir toda a família, agradecer pelo ano que tivemos e planejar o ano que virá. Que bom que, pelo menos, uma vez no ano a maior parte do mundo congrega esse tipo de energia.
Podiam ser todos os dias assim...podia não precisar de data específica como essa, mas o mundo ideal não existe. O que existe é a real vida que temos, vivemos e planejamos, ainda que de forma um pouco idealizada.
Assim, Papai Noel, eu queria agradecer por mais esse ano. Eu sei que sua figura deve ter muito contato com os Espíritos de Luz, com os Orixás, com Deus e com tantos outros seres e entidades do bem. Então, mesmo falando com cada um Deles, peço que intermedie esse muito obrigada. Foram tantas coisas boas que aconteceram este ano para mim...umas da dimensão da subjetividade, outras de realizações materiais, algumas da zona do sentimento. Preciso agradecer! Mas, para não fugir do estigma de filha pidona que sou, quero fazer uns pedidos também. Se me permitir, claro!
Eu queria muito, Papai Noel, ganhar neste Natal paciência, coragem e sabedoria. Acho que saber esperar é uma qualidade incrível. A gente sofre tão menos, não é mesmo? Pois, então, eu queria umas doses dessa tal de paciência a mais. Eu sei que já ganhei umas na aprendizagem com o Mestre e a Bruxinha, como postei aqui, mas ainda preciso de tanta! Não deve ser algo tão caro, não é?
Junto com a paciência, eu queria um pouco de coragem. Olhe, não precisa ser muitaaaa porque não ia combinar comigo. Sim, sim, a gente precisa ter clareza do que melhor nos cabe. Queria um pouco mais, tanto para algumas coisas da ordem do desejo, bem como para outras coisas da ordem da praticidade, como aprender a dirigir. Veja, Papai Noel, não estou pedindo muito...ou estou?
Como sou uma filha pidona e já me conscientizei dessa minha condição, gostaria de pedir sabedoria. Esse eu acho o mais difícil, pois precisa vim com uns acessórios de série, como a disciplina, a organização e a imersão. Sabe o que é, bom Noel? Eu tenho que escrever uma Tese de doutorado. No começo ela estava toda desenhada na minha cabeça, mas, como deve ser comum a todo processo criativo e de pesquisa, fui entrando em caminhos de muitas incertezas e desequílibrios com o que eu pensava, queria, sabia...E nisso, a Tese em vez de ir tomando corpo, foi ficando deformada. Eu preciso mudar esse cenário, meu Caro. Tenho um compromisso assumido, um objetivo e muitas razões. Por isso, aproveitei e coloquei esse pedido no pacote. Eu sei, sei que depende muito de mim, mas se eu puder ter uma ajuda extra não seria nada mau, não é mesmo?
Esses são os presentes que quero para mim, Noel. Sei que podem parecer muito, mas na minha auto-avaliação, penso que tenho esse crédito com o senhor...No entanto, reafirmando a condição que já lhe disse, tem umas coisas que eu queria pedir para os outros...São presentes que eu mesma gostaria de dar, mas não tenho como. Sabe aquele negócio de não ter bala na agulha? Pois!
Esses presentes iam ajudar muito o mundo em que a gente vive, Papai Noel e assim, seriam presentes que beneficiariam muita gente! O primeiro seria tentar acabar com a intolerância. Ixi! Sei que peguei pesado, que é um mega presente daqueles que a gente junta toda  por toda uma vida condições de dar...Mas, por isso que comecei com ele. Ele é a base de tudo, Noel.
As pessoas PRECISAM ser mais tolerantes. A intolerância de gênero, religiosa, de classe, de pensamentos acabam com as relações, destróem os espaços, matam os homens literalmente. Tudo seria tão mais fácil se as pessoas, ao menos, se respeitassem e tolerassem uns aos outros. O senhor não acha?
Tem um pensamento (eu usei até na minha dissertação de mestrado) que acho muito pertinente:
Respeitar a diferença não pode significar “deixar que o outro seja como eu sou” ou “deixar que o outro seja diferente de mim tal como eu sou diferente (do outro)”, mas deixar que o outro seja como eu não sou, deixar que ele seja esse outro que não pode ser eu, que eu não posso ser, que não pode ser um (outro) eu; significa deixar que o outro seja diferente, deixar ser uma diferença que não seja, em absoluto, diferença entre duas identidades, mas diferença da identidade, deixar ser uma outridade que não é outra “relativamente a mim” ou “relativamente ao mesmo”, mas que é absolutamente diferente, sem relação alguma com a identidade ou com a mesmidade (PARDO apud SILVA, 2000, p. 101).
Então, Papai Noel, não dá para fazer um pouquinho disso? O mundo seria tão melhor e evitaríamos tantas, tantas discórdias...Acho que com isso feito, a violência, a corrupção, a fome seriam bem menores, não? Se junto com isso, pudéssemos ofertar à humanidade uma segunda coisa, pronto: pacote feito! Vamos acabar com a desonestidade, meu bom velhinho? Eu sei, sei que a verdade dói, mas é uma dor que "bate e pronto" e, no final, faz  crescer, sabia? Então, no momento que as pessoas são mais verdadeiras, mentem menos e querem menos o que não é seu, o que acontece? Temos menos puxadas de tapete, temos menos brigas, temos menos desigualdades. Dá um trabalhão, tenho certeza, mas podíamos viver essa experiência...
Papai Noel, o senhor deve tá me achando utópica, mas o que seria de nós sem a utopia? Paulo Freire já dizia isso. Então, eu ainda quero me chocar muito e me indignar com as ações de intolerância e desonestidade. Isso prova que sou humana e não fui mutilada dos meus principios e valores. Mas, repito, se o senhor poder fazer o meio de campo e ajudar a diminuir isso ai...ia ser uma contribuição e tanto. Aposto que nos próximos anos os pedidos para o senhor até diminuiriam, sabia? Pensa nisso como investimento, Noel!
Pois é, bom velhinho, é isso. Sei que o Natal está bem perto e providenciar todos esses meus pedidos a tempo de recebermos no dia 24 ou 25 de dezembro seria muito difícil, mas, não custa pedir ou tentar, não é mesmo? Aquela velha história de já ter o não e correr atrás do sim!
Eu espero que seu trabalho, meu caro, seja deliciosamente gratificante e que a humanidade não perca a possibilidade de acreditar, pois só assim é possível fazer. E eu espero, obviamente, que meus pedidos cheguem em tempo e sejam atendidos, ainda que gradativamente.

Um abraço bem apertado, Querido Papai Noel e um Feliz Natal!

segunda-feira, 28 de novembro de 2011

Eu tenho e não tenho...

Eu tenho fé e sorte
Eu tenho dores e medo da morte
Não tenho medo de ser forte
Sou meio atrevida
Tento não acumular débitos com a vida
Resolvo as pendências...

Eu tenho garra
Eu tenho sonhos e taras
Nao tenho preconceitos
nem nada contra preceitos
Tento arriscar um palpite
Resolvo os problemas...

Eu tenho sede de saber
Eu tenho fome de conhecer
Não tenho preguiça das mangas arregaçar
Não tenho dúvidas de onde posso chegar.

domingo, 27 de novembro de 2011

DIGA NÃO A BELO MONTE!


Precisamos de tecnologias, dependemos do muito que já foi produzido na área, precisamos de energia, mas de energia limpa!
Aqueles que acreditam no movimento Gota D'Água, assim como eu, e não fica com pé atrás pq são os artistas da Vênus Platinada que estão encampando também o movimento, divulgue a campanha, assista o vídeo e assine a petição.
Tenho acompanhado algumas manifestações contra e lido bastante sobre o assunto. Estão acabando com nossos recursos naturais, nossos povos e nossas áreas ambientais. O problema não é do Pará, é nosso. É do Brasil.
DIGA NÃO A USINA DE BELO MONTE! Vamos procurar soluções para o desenvolvimento sustentável!
Passe para 10 pessoas e vamos impedir a construção da Belo Monte.Vamos tentar formar uma corrente do bem, contra mais uma degradação arbitrária do meio ambiente!

http://www.movimentogotadagua.com.br/

sábado, 19 de novembro de 2011

Entre o Reino Tão Distante e o Reino Encantado


Ansiedade sempre foi a melhor palavra para me definir. Não que eu não seja outras coisas, mas sempre achei que o que mais sou na vida é ansiosa. Isso é péssimo, mas assim sou. No entanto, tudo muda o tempo todo no mundo, já dizia o poeta. E é assim também com essa história.
Era uma vez Eu que adentrava o mundo encantado do IBB (o Benajmin Button mesmo) e, especialmente, era mandada por soldados para um Reino Tão Distante. Lá eu reencontrei um amigo, afinal, amigos são assim: aparecem quando a gente mais precisa. Esse amigo era um ser pequeno, filho de Jorge – o Mestre dos Magos – e me ensinou ( e o fez como todo filósofo o faria) que ansiar faz apenas com que criemos rugas.
O pequeno Mestre dos Magos, filósofo por mais que diga que não, com paciência de Jó, aguentava minhas segundas, terças e quartas-feiras de mau-humor e ansiedade. Me ensinou a arte da espera com filosofias, cantos e histórias entre a moscantina e os passeios no bosque, regados a contos e risos num banquinho em baixo das árvores: a como ficar fora da sala da justiça, a tornar quarta-feira o melhor dia da semana, a entender que a força do universo, a suprema, faz as coisas que achamos que não podemos fazer.
Assim, toda quarta virou santa e a segunda um caminho necessário. Num reino com tantos elfos, pseudofadas e monstros horripilantes, uma segunda e uma terça não podiam fazer tão mal assim...
Meu Mestre dos Magos, tal como em Caverna do Dragão, aparecia quando eu mais precisava e desaparecia da mesma forma, fosse por uma derrela, um repente ou uma sumida estratégica. O fato é que sempre que eu pensava, como num passe de mágica – típico dos reinos encantados –, lá estava ele: serelepe, faceiro, sempre com um rebolation pronto para me tirar um riso, ou uma mão estendida para me apresentar moscas ainda desconhecidas ou cactos que estavam lá o tempo todo, mas meus olhos não viam.
Um dia, no Reino Tão Distante, nem fadas, nem elfos, nem monstros. Uma Bruxa aparece, com direito a sinal na testa e tudo mais. Uma Bruxa e um convite. Quem aceitaria convite de bruxa?!!
Uma fala firme, uma voz rouca... mas eu nunca tive medo de bruxa. Alías, eu acho que sou uma delas. As bruxas fazem parte do imaginário coletivo como seres malvados, perversos que querem nos engolir. No meu imaginário as bruxas têm outra representação. Talvez por conta das leituras incessantes de “A bruxinha que era boa”, ou talvez por, como já disse, eu ser uma delas.
As bruxas são mulheres fortes, sem a beleza angelical das fadinhas. Eu sempre duvido da totalidade angelical dos seres, sobretudo no Reino Encantado e no Reino Tão Distante. A força pode combinar com a leveza e a doçura, mas anjos só existem anonimamente como nossos protetores, dependem, então, da fé para existirem. As fadas estão fadadas a monotonia da mesmice e da vida nos Reinos encantados longíquos. Sempre preferi bruxas às fadas, sobretudo as pseudofadas como as do Reino Tão Distante.
Eu esperava por um outro Reino. Não sabia se era melhor ou pior, queria viver emoções diferentes ao menos, e na esperança de todos os dias virarem santos e não apenas às quartas, aceitei a maçã nada envenenada da Bruxinha que, em forma de convite, me levava para o desconhecido.
E agora?! Teria que deixar meu Mestre dos Magos entregue aos elfos, monstros e pseudofadas. Logo ele que esteve comigo todas as segundas, terças e quartas pacientemente me ensinando a controlar a ansiedade? Mas, ele – o Mestre – tinha razão...nós não sabemos o que o universo nos reserva. Ele dizia que as pessoas guerreiras sempre conseguiam chegar lá, mesmo que não soubessem onde é esse lá.
Mas, como podia eu ser guerreira, se muitas vezes ele era meu escudo e minha espada? Como lutar sem armas? Como ele lutaria ainda com sabedoria se eu e meu mau humor estaríamos em um Reino Encantado próximo do mar? Eu havia aprendido a servir de escudo e espada também...
Um Reino Tão Distante ficava para trás e um Reino Encantado que tinha um Rei de verdade me esperava. Um Reino perto do mar. O mar aproxima os povos, os amigos e inimigos, por isso as muralhas dos Reinos litorâneos precisam ser fortes. A minha bruxa me levava para esse Reino e sua muralha parecia me proteger. Eu gostava disso...
E não é que agora além de um Mestre dos Magos (que óbvio aparece mutias vezes para mim, assim como aquele de Caverna do Dragão) eu tinha uma Bruxa de verdade?
A Bruxa sabe das coisas, vê as coisas, conhece as pessoas e protege gente ansiosa como eu. A Bruxinha continuava os ensinamentos do mágico: controlar a ansiedade, ter paciência, a não se encantar com os risinhos das fadas e a saber ficar de fora da sala da justiça.
Será que a Bruxinha e o Mestre se conhecem? Será que foram colocados no meu caminho para aprender a conviver com Reis e monstros com a mesma sabedoria que eles o fazem?
Não sei...o que eu sei é que graças ao Mestre dos Magos e a Bruxinha eu sou menos ansiosa hoje e vi que as coisas acontecem quando têm que acontecer.
Mesmo que elfos, fadas e monstros não queiram, quando o Universo conspira não tem jeito, a gente começa a chegar lá.
E o final feliz...esse demora!


O porquê de eu ter uma pimenta tatuada

A pimenta pode ser de muitas formas, de muitos sabores e ardores.
É um símbolo forte pra mim. Me representa, talvez.
A pimenta pode ser picante, mas doce.
Pode ser cheirosa, mas ardida.
Pode apimentar mais se morder a semente.
Pode dar apenas um sabor forte.
A pimenta nunca tem a mesma intensidade para todas as pessoas.
Umas vão achá-la mais picante, outras mais doce, outras sem sabor.
Talvez assim seja eu.
O meu ardor, o meu sabor, a minha doçura depende sempre de quem experimenta.
Depende do paladar do outro, do julgamento que se faz das minhas características.
O que é malagueta para um, pode ser dedo-de-moça para outro.
A pimenta de cheiro pode apenas saborizar ou causar uma queimação na língua de quem experimenta.
Depende...
Tudo na vida tem muitas faces.
A mesma vivência não resultará na mesma experiência quase sempre.
Malagueta, biquinho, ardida, de cheiro, doce, branca, cambuci, chili, dedo-de-moça,  do reino...
Pode dar sabor, pavor, convidar, afastar, perfumar, estragar, completar, temperar.
Assim sou eu!



domingo, 13 de novembro de 2011

Escolhas

Escolhas são necessárias durante a vida e não são fáceis.
Escolhe-se a família antes mesmo de nascer, por motivos que não temos consciência ao longo da vida.
Escolhemos os amigos, a profissão.
Escolhemos ter ou não filhos.
Escolhemos o que comer, o que vestir, onde morar.
Escolhemos a viagem de férias, o presente de Natal.
Escolhemos a música que mais gostamos.
Escolhemos gostar do calor ou frio.
Escolhemos entre o dia e a noite, a montanha e o mar.
Escolhemos o bloco de Carnaval e o bar do happy hour.
Escolhemos a fé, a crença, a religião.
Escolhemos as cores, os lugares e as flores.
Mas, o amor não escolhemos...
O amor é um encontro, não é um planejamento.
O amor nos escolhe. Não nos permite escolher.
O amor, de repente, acontece.
Mas, o amor também acaba.
Ainda não sei se isso é uma escolha,
mas sei que acontece.

domingo, 23 de outubro de 2011

Para Mateus

Porque ele é meu amor maior :-)
Meu Mateus!


http://ulbra-to.br/encena/2011/10/20/Para-Mateus

quarta-feira, 19 de outubro de 2011

Poeminha meu

Indefinido
                    Camila Santana

O coração palpita
As mãos por vezes tremem
Os lábios sorriem
Os olhos acompanham

A mente não para
O rosto enrubesce
Os sentidos se misturam
Os caminhos tornam-se um

O que é isso que tira do prumo
que muda o rumo
que confunde as sensações
que permite flutuar?


sábado, 15 de outubro de 2011

Feliz dia do Professor!

Hoje é nosso dia!! Eu tenho orgulho da profissão e do caminho que escolhi traçar, mesmo que por vezes, reclame de quão tortuoso ele é. Nesse dia, escolhi um poema que ganhei de um aluno há uns 3 anos.
São dessas coisas que nossa profissão de alimenta!
Feliz dia do Professor!




Vida Mil®
                  Manoel Filho
Quem sou eu?
Quem és tu?
Quem é você?
Nessas dúvidas
Eu existo
Em mil Vidas.

Vida saudável
Vida alegre
Vida minha
Vivo por mania
Vivo por ser.

Sendo vida
Vida mil
Hoje orgulho
Amanhã humilde
Sou vida... vida mil.

Caminho na vida
Encontro vida
Saber e aprender
Encontro amigas.
Vida mil.
E nessa vida
Cantando a vida
Encontro a mestra
Com defeitos e qualidades
Encontro a ti Camila.

Vida mil... alegre
Vida mil... Humilde
Vida mil... saudável
É só alegria
Mais vida... vida mil
É ser feliz em mil vidas

Juntando e somando
Nunca dividindo... multiplicando
Seja bem vinda à vida
Em forma de Camila
Em forma de vida
Em forma de felicidade
E claro, vida e alegria.

Camila amiga
Camila feliz
Camila Professora
Sobrenome da vida
É nada mais do que
Vida Camila viva.
® (Todos os direitos reservados ao autor. Que os cede em sua totalidade a Mestra CAMILA SANTANA, uma vez que sem Ela não seria possível esse momento). 01 de março de 2008.
  
Pró, a vida não tem definição, têm definições. Seja qual for ela converge para um ponto único: é feminina, inenarrável, incomensurável ou apenas vida. Ou melhor, é uma simples dádiva divina. Portanto, é maior que qualquer um de nós. 
Axé.

quarta-feira, 12 de outubro de 2011

Poeminha para alguém


 BOCA

Querer
Desejo
Sentir
Boca...
Tesão
Vontade
Calor
Boca...
Paixão
Pele
Amor
Boca...
Suspiro
Molhado
Pulsar
Boca...
Cheiro
Química
Gostar
Boca...
Lábios
Força
Abraçar
Boca...
Suave
Língua
Ouvir
Boca...
Beijo
Sexo
Falar
BOCA!

domingo, 9 de outubro de 2011

Sobre Música

Sabe aquelas músicas que dizem TUDO que gostaria de dizer com palavras em um momento da vida?
Pois, essa foi a minha música de sexta a noite ou sábado de manhã passados...

MÚSICA

Nosso sonho
Se perdeu no fio da vida
E eu vou embora
Sem mais feridas
Sem despedidas
Eu quero ver o mar
Eu quero ver o mar
Eu quero ver o mar
Eu quero ver o mar
Se voltar desejos
Ou se eles foram mesmo
Lembre da nossa música
Música
Se lembrar dos tempos
Dos nossos momentos
Lembre da nossa música
Música
Nossas juras de amor
Já desbotadas
Nossos beijos de outrora
Foram guardados
Nosso mais belo plano
Desperdiçado
Nossa graça e vontade
Derretem na chuva
Se voltar desejos
Ou se eles foram mesmo
Lembre da nossa música
Música
Se lembrar dos tempos
Dos nossos momentos
Lembre da nossa música
Música
Um costume de nós
Fica agarrado
As lembranças, os cheiros.
Dilacerados
Nossa bela história
Tá no passado
O amor que me tinhas
Era pouco e se acabou
Se voltar desejos
Ou se eles foram mesmo
Lembre da nossa música
Música
Se lembrar dos tempos
Dos nossos momentos
Lembre da nossa música
Música

OUVIR!


sábado, 8 de outubro de 2011

Sobre Institutos e Universidades

"Brasília é uma ilha, eu falo porque eu sei", já dizia Hebert Vianna lá na década de 90. Nessa época Paralamas era minha dose diária de serotonina. Colecionava todos os DVDs e ficava impressionada como eles e a Legião Urbana falavam daquele lugar, que para mim era descondecidamente curioso, com uma propriedade e um distanciamento. Coisas da minha cabeça paradoxal.
Pois bem, já no outro século, vou pela primeira vez à capital do País e me impressiono com a capacidade humano de construir e planejar uma história, um lugar. E, então, concordo com Vianna de que Brasília é uma ilha e falo porque, também sei. Mas, discordo do boiadeiro na rodoviária de Faroeste Caboclo que dizia que "neste país lugar melhor não há" e fez João de Santo Cristo trocar Salvador pela cidade de quadras e o fim, todos sabem. Mas, Brasília tem seus encantos, suas descobertas e suas peculiaridades como toda grande cidade, ainda que essa seja uma cidade inventada. Mas qual não é?
Contudo, esse post não é sobre Brasília, mas sobre uma das minhas voltas à cidade mais recentemente. Aliás, não é sobre isso (até porque já tenho o título do POST!), mas sobre as instituições de ensino e as ilhas que dentro da grande ilha Brasília as coordenam.
Volto de Brasília depois de alguns dias de trabalho na Mãe Capes, como diz Lynn alves. Sim, a Mãe Capes existe e aparentemente não é má. Se apresentou como uma mãe boazinha, carinhosa e amante do diálogo. Gostei da Mãe Capes que conheci. Fato que gostei ainda mais do Bar Devassa no Pontão Sul, mas isso é assunto para outro post.
A Mãe Capes promoveu o encontro para os coordenadores do Prodocência, um programa da mesma para a Consolidação das Licenciaturas nas Instituições de Ensino Superior. Eis o motivo de eu estar lá. Contudo, esse post nasce dai, mas não por ai. A questão não é o programa, muito menos o encontro, ambos de grande valor, mas o papel das Instituições de Ensino Superior do país. E isso nasceu das falas lá na Capes, modificadas, mas nem tanto, depois da primeira intervenção na plenária feita pela minha pessoa a favor da fatia dos Institutos Federais nesse bolo.
O fato é que durante toda história recente as Universidades foram as únicas responsáveis pela oferta de cursos superiores (de forma generalista podemos adicionar ao bolo das universidades às Faculdades e Institutos de Educação Superior). As Universidades assim foram, e ainda são, as detentoras e produtoras de saber científico e ponto! Sou filha delas. Sei de como são boas e duras mães. E até hoje assim é. Todos os louros, glórias, lamentos e problemas atribuídos apenas a elas: Senhoras Universidades!
Contudo, isso começa a mudar com a Lei 11.892 de 29 de dezembro de 2008. A 11.892/2008 estabelece a criação dos Institutos Federais de Educação, Ciência e Tecnologia e atribui uma árdua tarefa aos IFs: ofertar educação profissional e tecnológica nos níveis básico, superior e pós-graduação. PUTZ! Que dever difícil esse. Mas, vamos lá. Nesse novo contexto, a Lei determina que 20% dos cursos ofertados devem ser LICENCIATURAS, ou seja, foco na formação docente para educação básica, carente de professores, sobretudo da área das ciências da natureza.
Os Institutos nascem no maior estilo Benjamin Button, pois embora bebês, como todo mundo não cansa de denominar, têm uma história longa que vem desde as Escolas de Aprendizes e Artífices criadas por Nilo Peçanha no começo do século passado. Ou seja, os Institutos embora recém-nascidos já tinha uma história, uma identidade constituída e a ser reconstruída e uas vocações identificadas, mas a lei determinava que os IFs ampliassem sua arena de atuação. Vamos nós, então, instituir o foco da formação docente no contexto das antigas Escolas Agrotécnicas (no meu caso, visto que sou do IF Baiano).
E começamos a fazer tudo que antes só as Universidades faziam. Vamos fazendo tudo e mais um pouco. Pensando, criando, modificando, errando e acertando e em apenas dois anos e alguns meses já fizemos muito, acredito. Só no meu Instituto originário das Agrotécnicas e, portanto, com uma vocação agrária bem forte, já temos 5 licenciaturas, cursost tecnológicos e Bacharelados, uma Pós-Graduação Institucional e outras em parceria. Sme falar no vasto leque dos cursos profissionalizantes de nível médio e subsequente.
Bom, então, porque os Institutos ainda permanecem na sombra das Universidades? Penso que não é o caso de colocarmos hierárquias, muito menos minimizarmos a importância das Universidades no contexto do país e da Educação. Mas, "peraí", JÁ temos mais de dois anos. Existimos, pô!!
Então, precisamos ser citados, conhecidos, reconhecidos, pois também queremos uma fatia do bolo e não de forma anônima ou fake, mas assinando nosso nome.
Não, CAPES. Não, MEC. As Licenciaturas são responsabilidades das INSTITUIÇÕES DE ENSINO ( e ai tem um leque enorme) e não das UNIVERSIDADES apenas, como se repete corriqueiramente. Não é apenas uma questão semântica ou de oralidade, mas de existência, de identidade.
Existimos e queremos ser reconhecidos como tal! Instituição de Ensino que trabalha no tripé ensino-pesquisa-extensão na dimensão da verticalização nos três níveis de ensino: Básico, Superior e Pós-Graduação. E no bojo da educação estão lá as Licenciaturas. Elas consideradas pela comunidade Acadêmica e Científica o "Patinho Feio" dos Curos Superiores, mas sem as quais não haveriam professores e, sem eles, essa história toda nem teria começado.
A noss tarefa é árdua, mas os Cristãos dizem que Deus não dá um fardo maior do que um filho pode suportar. Então, acreditando na premissa Cristã, penso que temos vontade, coragem e força de fazer e queremos ser reconhecidos por isso, imagine se não queremos ser mencionados?
Começar a mudar apenas o discurso, os termos, a fala já é um caminho!

segunda-feira, 3 de outubro de 2011

Sem castigo


SEM CASTIGO
(Lande Onawale)

eu te quero porque quero
isto é uma ameaça
um perdão
uma promessa e uma visão
uma súplica
um pedido
um plano e um crime sem castigo...

sexta-feira, 30 de setembro de 2011

Tinha

Tinha um tempo em que acordava cedo nas férias para assistir Smurfs e comer nescau com leite.
Tinha um tempo em que tudo que queria era andar de bicicleta com os amigos até aprender a fazer as mais altas manobras.
Tinha um tempo em que meu maior objetivo era treinar para ser campeã de "elástico" na rua em que morava.
Tinha um tempo em que chocolate com refrigerante podiam ser meu almoço na escola.
Tinha um tempo em que para dirigir bastava que tivesse um disco nas mãos.
Tinha um tempo em que minha pilha de leituras eram os gibis da Turma da Mônica que chegavam pelo correio.
Tinha um tempo em que o máximo de raiva que sentia era quando meu irmão pegava o controle da TV e mudava o canal.
Tinha um tempo em que dormir mais tarde significava assistir a novela das oito.
Tinha um tempo em que minhas economias tinham objetivo de comprar aquela minissaia na vitrine.
Tinha um tempo em que beijo na boca era o máximo de proibido que eu conseguia pensar.
Tinha um tempo em que fita k7 era o limite de armazenamento da minha felicidade.
Tinha um tempo em que teclar F3 significava mexer a tartaruguinha na tela do computador e era a interação macro que eu estabelecia com a máquina.
Tinha um tempo em que o dedo no REC esperava tocar a música favorita no rádio.
Tinha um tempo em que esperava por Curtindo a Vida Adoidado e OS Goonies na Sessão da Tarde.
Tinha um tempo em que campeonato de baleado era minha Copa do Mundo.
Tinha um tempo em que a Paralela era um universo em descoberta.
Tinha um tempo em que emagrecer era perder uns gramas e deixar a calça bem apertada.
Tinha um tempo em que Legião Urbana e Red Hot Chili Peppers eram minhas doses diária de adrenalina.
Tinha um tempo em que minha maior perversidade era comer o recheio do biscoito alheio.
Tinha um tempo em que o carnaval era minha brincadeira favorita.
Tinha um tempo e esse tempo passou.
As memórias, contudo, parecem ser superiores ao tempo que passa.





quinta-feira, 29 de setembro de 2011

"Resistir, ser plural. Repartir o acúmulo"

Minhas últimas impressões diante da vida têm sido como disco arranhado para meus amigos, e consiste na constatação de que uma vida é muito pouco para tudo que a vida merece.
Ando dizendo também que deve ser a crise dos 30, o que me remete a outra constatação: sim, ela existe.
Muito provavelmente isso tudo, no meu inconsciente consciente, está relacionado ao fato de resistir aos obstáculos e de querer ser plural, repartindo o que acumulamos ao longo dos anos. Fernando Anitelli e Daniel Santiago falam disso brilhantemente em Da entrega.
Apoderar-se de si/Recombinando atos/Não sou quem estou aqui! Sou o instante...passo
Tenho pensado que se chega em um momento da vida em que o sujeito começa a tomar as rédeas da bendita, não tentando segurar o tempo, mas ressignificando seu pensar, redimensionando suas ações e refletindo que não somos só aquele aqui e agora, somos efêmeros, instantâneos e nisso, a vida  - a danada - vai passando. 
É nesse movimento que penso na entrega. Entrega à vida.
Apoderar-se de si/Remediando passos! Convergir no olhar nosso brio e fúria/Conceber, conservar...a aguerrida entrega!
Tomar ciência de si, revendo os caminhos e traçando novas trilhas é uma tarefa que requer entender, assegurar, mas também violentamente se entregar ao novo e ao diferente, ou o mesmo igual. Se pensarmos que o ontem, o agora e o depois são a mesma coisa, como repete incansavelmente Anitelli, perceberemos o quanto de nada sabemos e o quanto o planejar pode nos trazer tantas surpresas. O quanto a entrega é necessária para a vivência da vida, pois ela - a danada da vida - não merece ser contemplada, mas vivida. O tempo de contemplação engole o tempo da ação e como disse aqui, o tempo não para e nem espera
Nesse nosso desbravar, emanemo-nos amor!/Até quando suceder de silenciar...O que nos trouxe até aqui! Nada melhor virá!
Ser um bandeirante da danadinha parece ser uma condição em busca de evitar as crises, que podem ser dos 30, dos 20, dos 50. Esse desbravamento, não tem jeito de ser melhor se não for embebido de amor. Mas, sobretudo, amor por eles: a vida danada, o tempo arteiro. Esse primeiro emanar de amor é condição para todos os outros amores que surgem e surgirão. E como surgem!
Apoderar-se de si/Remediando passos!
Um viva ao ser múltiplo e plural que somos e vamos descobrindo suas facetas ao longo do passar do tempo, mesmo que isso gere crise. No meu caso, crise dos 30, talvez.



* Trechos em destaque da canção Da entrega de Daniel Santiago e Fernando Anitelli gravada pelo O teatro Mágico, meu eterno vício.

quinta-feira, 22 de setembro de 2011

Tudo que eu gosto


Amigos, água gelada, alegria, amar
Brigadeiro de colher, beijo na boca, balão, brincar
Chocolate, carnaval, cinema, cantar
Dia de sol, dinheiro na conta, dormir, dançar
Escritos, entardecer, elástico na infância, encontrar
Família, férias, fim de semana, fantasiar
Games, ganache, gestação, gargalhar
Humor, homem, hoje, historiar
Irmandade, internet, inverno, imaginar
Janeiro, jantar a dois, jeans, jogar
Livros, loucura, liberdade, lar doce lar,
Música, melancia, mãe, mar
Namoro, nadar, noite, navegar
Otimismo, outono, orquídea, olhar
Pai, praia, primavera, postar
Queijo coalho, querer, quadrinhos, "quietar"
Rock, recadinho, rubronegro,"romancear"
Sexo, sexta-feira, saudade, sambar
Teatro, tesão, time do coração, trabalhar
Uva, união, ubiquidade, universalizar
Verão, Vitória, verdade, viajar
Xilogravura, xadrez, xará, xeretar
Zodíaco, zabumba, zanzar, zapear.





quarta-feira, 21 de setembro de 2011

Sobre o tempo

O tempo é uma coisa esquisita, escorregadia e deliciosamente traiçoeira. Isso tudo porque ele passa e passa nos fazendo acreditar que ele não irá passar tão depressa. Engano, passa. Certeza, é uma delícia.
Cazuza já dizia que ele, o tempo, não para. Meu pai, que pouco tem de poeta, mas tem muito de filósofo, não cansou de me dizer que além de não parar, o tempo não espera. Não espera na esquina, na próxima rua, no parque mais próximo. Ele simplesmente corre rápido. Quantas vezes meu pai tentou me ensinar a aproveitar o que o tempo tinha de bom e o quão interessante era viver as coisas ao seu tempo? Uma contradição...Mas o que é a vida senão um punhado de contradições?
O tempo vai levando nossas vivências, nossas escolhas e, muitas vezes, não vivemos direito tudo que queremos com medo de que ele ande rápido demais. Outras vezes, não vivemos e, por vezes, vivemos demasiadamente de forma intensa. E ele sempre anda, ele sempre passa, deixando e apagando memórias.
O interessante é o que o tempo e sua rapidez fazem da memória um elemento gostoso para dimensioná-lo. Como é gostoso relembra, reviver, "retemporar".
Retemporar é voltar no tempo e sentir os gostos, os cheiros, as vontades, as dores, ainda que em lembrança, em memória. Retemporar é uma invenção minha para tentar segurar um pouquinho o tempo, pedir para ele me esperar. É desacelerar.
"Tempo, tempo, tempo, mano velho...seja legal, conto contigo".

quarta-feira, 18 de maio de 2011

III Edição do Prêmio Instituto Claro: Novas Formas de Aprender e Empreender




O Prêmio Instituto Claro, Novas Formas de Aprender e Empreender, iniciativa do Instituto Claro, foi criado em 2009 e tem como objetivo fomentar o uso das Tecnologias de Informação e Comunicação (TICs) na educação, por meio do apoio a projetos inovadores que utilizam as TICs para transformar o processo de aprendizagem e promover o desenvolvimento comunitário.

Período de inscrições: as inscrições ficarão abertas do dia 18 de maio até ass 23h59min do dia 09 de agosto de 2011.

Quem pode participar: Qualquer pessoa com projetos alinhados às modalidades e que preencham cumulativamente os seguintes requisitos:

Estar ligado a uma pessoa jurídica, seja uma instituição social, cultural, educativa formal ou não formal, uma escola, universidade, ONG, associação, fundação, entre outras, constituídas no Brasil, de acordo com a legislação brasileira e com sede no território nacional;

Residir no Brasil;

Ser responsável direto pelo projeto inscrito: idealização e gestão.


Modalidade dos Prêmio
“Inovar na Escola”: A modalidade “Inovar na Escola” consiste em apoiar o desenvolvimento de iniciativas que promovam “novas formas de aprender” no sistema formal de ensino, utilizando as Tecnologias de Informação e Comunicação (TICs) como fator inovador do processo de aprendizagem.

“Inovar na Comunidade”: A modalidade “Inovar na Comunidade” consiste em apoiar o desenvolvimento de iniciativas que promovam “novas formas de aprender” no sistema não formal de ensino, utilizando as Tecnologias de Informação e Comunicação como fator inovador do processo de aprendizagem.

Qual o valor da premiação: O valor total do prêmio é de R$ 150.000,00 (cento e cinquenta mil reais), em barras de ouro, a ser dividido entre os vencedores das duas modalidades, de acordo com os orçamentos apresentados.


Conheça as edições anteriores:
https://www.institutoclaro.org.br/instituto-claro/projetos/

https://www.institutoclaro.org.br/projetos/premio2009/



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