segunda-feira, 28 de novembro de 2011

Eu tenho e não tenho...

Eu tenho fé e sorte
Eu tenho dores e medo da morte
Não tenho medo de ser forte
Sou meio atrevida
Tento não acumular débitos com a vida
Resolvo as pendências...

Eu tenho garra
Eu tenho sonhos e taras
Nao tenho preconceitos
nem nada contra preceitos
Tento arriscar um palpite
Resolvo os problemas...

Eu tenho sede de saber
Eu tenho fome de conhecer
Não tenho preguiça das mangas arregaçar
Não tenho dúvidas de onde posso chegar.

domingo, 27 de novembro de 2011

DIGA NÃO A BELO MONTE!


Precisamos de tecnologias, dependemos do muito que já foi produzido na área, precisamos de energia, mas de energia limpa!
Aqueles que acreditam no movimento Gota D'Água, assim como eu, e não fica com pé atrás pq são os artistas da Vênus Platinada que estão encampando também o movimento, divulgue a campanha, assista o vídeo e assine a petição.
Tenho acompanhado algumas manifestações contra e lido bastante sobre o assunto. Estão acabando com nossos recursos naturais, nossos povos e nossas áreas ambientais. O problema não é do Pará, é nosso. É do Brasil.
DIGA NÃO A USINA DE BELO MONTE! Vamos procurar soluções para o desenvolvimento sustentável!
Passe para 10 pessoas e vamos impedir a construção da Belo Monte.Vamos tentar formar uma corrente do bem, contra mais uma degradação arbitrária do meio ambiente!

http://www.movimentogotadagua.com.br/

sábado, 19 de novembro de 2011

Entre o Reino Tão Distante e o Reino Encantado


Ansiedade sempre foi a melhor palavra para me definir. Não que eu não seja outras coisas, mas sempre achei que o que mais sou na vida é ansiosa. Isso é péssimo, mas assim sou. No entanto, tudo muda o tempo todo no mundo, já dizia o poeta. E é assim também com essa história.
Era uma vez Eu que adentrava o mundo encantado do IBB (o Benajmin Button mesmo) e, especialmente, era mandada por soldados para um Reino Tão Distante. Lá eu reencontrei um amigo, afinal, amigos são assim: aparecem quando a gente mais precisa. Esse amigo era um ser pequeno, filho de Jorge – o Mestre dos Magos – e me ensinou ( e o fez como todo filósofo o faria) que ansiar faz apenas com que criemos rugas.
O pequeno Mestre dos Magos, filósofo por mais que diga que não, com paciência de Jó, aguentava minhas segundas, terças e quartas-feiras de mau-humor e ansiedade. Me ensinou a arte da espera com filosofias, cantos e histórias entre a moscantina e os passeios no bosque, regados a contos e risos num banquinho em baixo das árvores: a como ficar fora da sala da justiça, a tornar quarta-feira o melhor dia da semana, a entender que a força do universo, a suprema, faz as coisas que achamos que não podemos fazer.
Assim, toda quarta virou santa e a segunda um caminho necessário. Num reino com tantos elfos, pseudofadas e monstros horripilantes, uma segunda e uma terça não podiam fazer tão mal assim...
Meu Mestre dos Magos, tal como em Caverna do Dragão, aparecia quando eu mais precisava e desaparecia da mesma forma, fosse por uma derrela, um repente ou uma sumida estratégica. O fato é que sempre que eu pensava, como num passe de mágica – típico dos reinos encantados –, lá estava ele: serelepe, faceiro, sempre com um rebolation pronto para me tirar um riso, ou uma mão estendida para me apresentar moscas ainda desconhecidas ou cactos que estavam lá o tempo todo, mas meus olhos não viam.
Um dia, no Reino Tão Distante, nem fadas, nem elfos, nem monstros. Uma Bruxa aparece, com direito a sinal na testa e tudo mais. Uma Bruxa e um convite. Quem aceitaria convite de bruxa?!!
Uma fala firme, uma voz rouca... mas eu nunca tive medo de bruxa. Alías, eu acho que sou uma delas. As bruxas fazem parte do imaginário coletivo como seres malvados, perversos que querem nos engolir. No meu imaginário as bruxas têm outra representação. Talvez por conta das leituras incessantes de “A bruxinha que era boa”, ou talvez por, como já disse, eu ser uma delas.
As bruxas são mulheres fortes, sem a beleza angelical das fadinhas. Eu sempre duvido da totalidade angelical dos seres, sobretudo no Reino Encantado e no Reino Tão Distante. A força pode combinar com a leveza e a doçura, mas anjos só existem anonimamente como nossos protetores, dependem, então, da fé para existirem. As fadas estão fadadas a monotonia da mesmice e da vida nos Reinos encantados longíquos. Sempre preferi bruxas às fadas, sobretudo as pseudofadas como as do Reino Tão Distante.
Eu esperava por um outro Reino. Não sabia se era melhor ou pior, queria viver emoções diferentes ao menos, e na esperança de todos os dias virarem santos e não apenas às quartas, aceitei a maçã nada envenenada da Bruxinha que, em forma de convite, me levava para o desconhecido.
E agora?! Teria que deixar meu Mestre dos Magos entregue aos elfos, monstros e pseudofadas. Logo ele que esteve comigo todas as segundas, terças e quartas pacientemente me ensinando a controlar a ansiedade? Mas, ele – o Mestre – tinha razão...nós não sabemos o que o universo nos reserva. Ele dizia que as pessoas guerreiras sempre conseguiam chegar lá, mesmo que não soubessem onde é esse lá.
Mas, como podia eu ser guerreira, se muitas vezes ele era meu escudo e minha espada? Como lutar sem armas? Como ele lutaria ainda com sabedoria se eu e meu mau humor estaríamos em um Reino Encantado próximo do mar? Eu havia aprendido a servir de escudo e espada também...
Um Reino Tão Distante ficava para trás e um Reino Encantado que tinha um Rei de verdade me esperava. Um Reino perto do mar. O mar aproxima os povos, os amigos e inimigos, por isso as muralhas dos Reinos litorâneos precisam ser fortes. A minha bruxa me levava para esse Reino e sua muralha parecia me proteger. Eu gostava disso...
E não é que agora além de um Mestre dos Magos (que óbvio aparece mutias vezes para mim, assim como aquele de Caverna do Dragão) eu tinha uma Bruxa de verdade?
A Bruxa sabe das coisas, vê as coisas, conhece as pessoas e protege gente ansiosa como eu. A Bruxinha continuava os ensinamentos do mágico: controlar a ansiedade, ter paciência, a não se encantar com os risinhos das fadas e a saber ficar de fora da sala da justiça.
Será que a Bruxinha e o Mestre se conhecem? Será que foram colocados no meu caminho para aprender a conviver com Reis e monstros com a mesma sabedoria que eles o fazem?
Não sei...o que eu sei é que graças ao Mestre dos Magos e a Bruxinha eu sou menos ansiosa hoje e vi que as coisas acontecem quando têm que acontecer.
Mesmo que elfos, fadas e monstros não queiram, quando o Universo conspira não tem jeito, a gente começa a chegar lá.
E o final feliz...esse demora!


O porquê de eu ter uma pimenta tatuada

A pimenta pode ser de muitas formas, de muitos sabores e ardores.
É um símbolo forte pra mim. Me representa, talvez.
A pimenta pode ser picante, mas doce.
Pode ser cheirosa, mas ardida.
Pode apimentar mais se morder a semente.
Pode dar apenas um sabor forte.
A pimenta nunca tem a mesma intensidade para todas as pessoas.
Umas vão achá-la mais picante, outras mais doce, outras sem sabor.
Talvez assim seja eu.
O meu ardor, o meu sabor, a minha doçura depende sempre de quem experimenta.
Depende do paladar do outro, do julgamento que se faz das minhas características.
O que é malagueta para um, pode ser dedo-de-moça para outro.
A pimenta de cheiro pode apenas saborizar ou causar uma queimação na língua de quem experimenta.
Depende...
Tudo na vida tem muitas faces.
A mesma vivência não resultará na mesma experiência quase sempre.
Malagueta, biquinho, ardida, de cheiro, doce, branca, cambuci, chili, dedo-de-moça,  do reino...
Pode dar sabor, pavor, convidar, afastar, perfumar, estragar, completar, temperar.
Assim sou eu!



domingo, 13 de novembro de 2011

Escolhas

Escolhas são necessárias durante a vida e não são fáceis.
Escolhe-se a família antes mesmo de nascer, por motivos que não temos consciência ao longo da vida.
Escolhemos os amigos, a profissão.
Escolhemos ter ou não filhos.
Escolhemos o que comer, o que vestir, onde morar.
Escolhemos a viagem de férias, o presente de Natal.
Escolhemos a música que mais gostamos.
Escolhemos gostar do calor ou frio.
Escolhemos entre o dia e a noite, a montanha e o mar.
Escolhemos o bloco de Carnaval e o bar do happy hour.
Escolhemos a fé, a crença, a religião.
Escolhemos as cores, os lugares e as flores.
Mas, o amor não escolhemos...
O amor é um encontro, não é um planejamento.
O amor nos escolhe. Não nos permite escolher.
O amor, de repente, acontece.
Mas, o amor também acaba.
Ainda não sei se isso é uma escolha,
mas sei que acontece.