segunda-feira, 20 de fevereiro de 2012

De repente 30!

Minha mãe costuma dizer que só não fica velho quem morre jovem. Embora óbvia, essa máxima é interessante, visto que o "envelhecer" assusta boa parte da humanidade.
Nunca achei que envelhecer me deixaria preocupada, mas aí, de repente, me vejo completando 30 anos e comecei a me preocupar. Sim, de repente, pois foi não mais que de repente. Outro dia eu planejava os meus 18 anos.
Fazer 30 anos é uma coisa interessante e esquisita...Parece que aos 30 já se deve ter vivido tanta coisa...Eu ainda me pego tendo tanto o que viver...Quantas coisas programei para fazer antes dos trinta que ainda não saíram do papel? Dirigir é uma delas...Quantas outras nem imaginei e já se vão quase treze anos de realizadas? Meu Mateus, minha coisa mais bem feita e mais gostosa.
Eu ainda acho os 30 meio caótico, histérico e acompanhado de crises, mas é também um período mágico de autoconhecimento, percepção de si, confirmações e ainda descobertas. Completar 30 anos parece significar  "se permitir".
Pensamos que nos "permitimos" na adolescência. Não. Aos 30 a soberania da maturidade, para alguns, da independência, da autonomia me possibilitam ser feliz e temerosa. É um dilema deliciosamente divertido.
O importante é que de repente, depois de um sábado de carnaval, 30 anos depois, numa segunda de carnaval, eu torno-me uma balzaquiana feliz! Mãe, filha, mulher, amiga, docente, doutoranda. Ainda sem dirigir, ainda sem conhecer a Europa, ainda sem uma casa na praia, mas feliz. E a felicidade é o que importa neste mundão.
Parabéns eu, parabéns eu!!!